sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Projeto Cuidar de Mim - parte 4,5

Uma atualização rapidinha. Depois de almoçar com mamãe e colocar a conversa em dia - pense que não faz nem dois meses que deixei de morar com ela, e antes os papos eram diários - e passar na loja da minha amiga para entregar a encomenda, peguei aquele trânsito gostoso do centro da cidade, escorrendo suor dentro do carro (muito sensual). Claro que Curitiba programou mais uma daquelas reviravoltas típicas do nosso clima. Inverno glacial pela manhã, forno de micro-ondas no almoço, provavelmente no final da tarde uma tempestade tropical e talvez uma nevezinha à noite.

Ainda no clima de coisas inéditas, ao chegar no escritório entrei no site da Federal e descobri que eu passei no vestibular! Ano passado, num dia de tédio, resolvi tentar algo novo e fiz minha inscrição no curso de Gestão da Qualidade. Não me pergunte o que vou fazer com isso, ainda não sei nem se vou concluir essa segunda graduação. Mas o plano então era dar pelo menos uma estudadinha. Porém, com a correria que foi a coisa de montar casa, obras, pedreiros, pintura das paredes (feita por nozes - eu e namorido), escolha de móveis, mil orçamentos e finalmente a mudança, lógico que não rolou.

Pense bem, se eu não consegui compreender nem tampouco decorar as fórmulas de física, cadeias nucleares, equações matemáticas, tabela periódica e sabe-se lá o que mais no 2º grau (na minha época o ensino não era médio), quando estudar era (devia ser) minha principal e praticamente única ocupação, imagine se ia fazer isso agora. Trabalhando o dia inteiro, ainda pra melhorar.

Quando passei na 1ª fase já foi uma surpresa. Fiz 45 pontos (de 80 questões), pensei que tinha ido super mal. Aí quando saiu o desempenho individual, descobri que essa pontuação foi a 2º maior do curso (o 1º foi 46). Essa molecada de hoje deve ser muito tapada mesmo!

A 2ª fase foi só redação. Ou "questões discursivas", como o pessoal resolveu chamar agora, talvez pra tentar não assustar as crianças com a temível palavra "redação". Claro que eu era a única pessoa da sala que não estava em pânico. Primeiro porque escrever é totalmente a minha área, é onde eu me acho. Segundo porque ser reprovada não mudaria absolutamente nada na minha vida. Não ia levar bronca da mãe, nem precisar passar outro ano no cursinho, nem perder a viagem de férias, nem ver os amigos avançando enquanto eu ficava pra trás.

Agora voltei do horário do almoço, entrei no site pra ver a lista de aprovados e... tcharam, lá está o meu nome. Pena que a festa de comemoração não é aqui na Reitoria, se não podia atravessar a rua, me atirar na lama e voltar pro escritório. Pena.

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