sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Enfim, SEXta.

No final da tarde de ontem, enquanto eu me matava para terminar a bendita contestação, chegou e-mail do chefinho: "Oksana, você já finalizou o agravo retido da Sbrubles1? Quando é o prazo?". Desconsiderando o fato de que eu nem sequer me lembrava que tinha esse agravo para fazer, verifiquei no sistema que o prazo é segunda e respondi: "Ainda não, entrego amanhã".

Não contente, ele responde: "Ok. Conseguiu falar com o Charles (assunto - Chinalá2)?". Desconsiderando o fato de que eu havia desistido de tentar falar com tal pessonha desagradável, rapidamente telefonei e recebi mais uma desculpa esfarrapada da secretária, e respondi: "Não consegui. Liguei hoje e disseram que ele não estava e que é pra ligar amanhã".

E assim eu fico pensando cá com minhas teclas (que pensar com botões é tão last week) que talvez o chefinho tenha algum trauma de infância ou qualquer tipo de desvio psicológico que faz com que ele seja uma dessas pessoas que nunca estão satisfeitas com nada! Nossa, essa frase sem nenhuma vírgula exige um super fôlego pra ler em voz alta (fumantes, não tentem)!

Então, estamos aqui, em mais uma bela SEXta-feira de sol, calor, céu azul, crateras espalhadas pela cidade abertas pelo temporal de ontem à noite... Por falar em ontem à noite, claro que eu e meu amado namorido estivemos em nossa casita, fazendo todo um trabalho braçal. Demos a primeira demão de tinta no quarto 1 (é o de casal, mas acho divertido chamar os quartos pelos números), a terceira e última no teto do corredor, a segunda e última na parede da sala que vai receber a textura, e colocamos massa corrida nos vãos dos caixilhos das portas. Saímos de lá meia noite e meia. Aí até chegar em casa, tomar banho-dormir (nem tive forças para comer), já viu, né?

Além de tudo, tivemos que desviar um trecho da rua que estava alagado, onde alguns carros anfíbios se encontravam cobertos de água até acima das calotas. Então precisamos passar por cima do canteiro central e seguir pela faixa exclusiva para os ônibus. A Flecha Prateada3 não teve dificuldades, mas um pobre caminhão atolou e ficou por ali mesmo.

Esse negócio de comprar imóvel é um grande aprendizado, sabe? Se um dia formos comprar outra casa (e não construir, como pretendemos), certamente estaremos atentos a detalhes que nunca percebemos antes, como, por exemplo, se a casa foi construída sobre um antigo cemitério indígena o rejunte dos azulejos foi bem feito, se os caixilhos das portas foram bem colocados, se o teto foi bem pintado, se a água no box escorre para o ralo ou para o lado oposto, se a obra foi feita por seres humanos ou por ornintorrincos estrábicos, essas coisas.

O papo está ótimo, mas preciso começar finalizar o agravo retido antes que o chefinho apareça com mais 18 mil tarefas. Tenho também que enviar conteúdo para o blog Voluntários em Ação, do qual sou colaboradora (não escrevo, só envio notícias coletadas na internê). E ainda fazer as lembrancinhas para meu pequeno chá de panela. Além, é claro, de dar um jeito de extrair a massa corrida debaixo das minhas zunhas, e fazer aquele esforço sobre-humano para manter as pálpebras abertas.

Torçam por minha sobrevivência.

Notas:
1) O nome da cliente foi alterado para proteger sua identidade e eu não ser demitida
2) O nome da cliente foi alterado para proteger sua identidade e eu não ser demitida.
3) Celta do namorido.

Um comentário:

  1. Estou adorando esses posts "construtivos"! kkkkkkkkkkkkk

    Embora eu tbm seja da área jurídica, já desenhei 351254 mil vezes o que será a miiiinha casa quando eu a tiver... Depois é só passar pra um arquiteto melhorar o "projeto"! É bem divertido... =)

    Isso sem falar que achei super romântica essa união de forças em prol dos ajustes da casa nova!! Liiiindo. Boa sorte!

    Bjos

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