sexta-feira, 21 de maio de 2010

I'm alive!

Sim, queridos leitores, estou viva. Peço perdão pela ausência temporária, e juro que tenho muitas e muitas desculpas esfarrapadas justificativas plausíveis para o sumiço. A primeira delas é o trabalho, essa atividade inconveniente que deixa a gente sem tempo para nada. Caso você seja do setor de RH de uma grande empresa, vasculhando minha vida cibernética para saber se eu sirvo para ocupar essa vaga com salário magnífico plus benefícios, por gentileza verifique outros textos para perceber que isso é só sarcasmo. Eu AMO trabalhar. Ok, isso também é sarcasmo.

A segunda razão é a faculdade, e especialmente uma coisinha que eu já havia esquecido que existia: trabalhos acadêmicos EM EQUIPE. Juro que não me incomodaria de ser testada à exaustão pelos professores, podiam me aplicar provas toda semana, tudo bem! Ainda mais agora, que estou nessa vibe nerd (chocada com uma horrorosa nota 8,0, a única abaixo de 9,0 até agora)! Mas os trabalhinhos em equipe são uma verdadeira tortura, puro cortisol na veia! Cortisol, para quem não sabe, é o hormônio do estresse (aprendi - dãh - num trabalho de equipe). E quando escrevo "veia" estou me referindo ao vaso condutor de sangue, não é "véia" conforme as novas regras ortográficas. Sempre bom deixar as coisas claras.

O terceiro motivo é que continuo sendo dona de casa. Nas horas vagas, as tarefas domésticas (delícia) estão lá, acumuladas, esperando por um sopro de vontade minha. Por sorte, conto com o auxílio intenso do namorido, caso contrário, certamente já teria abandonado as noções de higiene e me conformado com a desordem eterna.

Além disso, invento de fazer cursos de culinária, tento me manter em dia com os dois únicos seriados que ainda acompanho, procuro ter algum lazer e curtir meu amor. Já faz meses que não consigo ler um livro que eu esteja realmente a fim, porque sempre tem algum da faculdade pra ser lido. Leituras obrigatórias nunca são gostosas, né? 

Acima de tudo, estava postergando o momento de falar de novo do assunto do derradeiro post. Mas acho que ele precisa de uma conclusão.

Coisas tristes acontecem para todo mundo, e não quero tornar o drama maior do que é. A vida segue seu curso. Continuo acreditando que tudo tem sua razão de ser. Por que isso aconteceu comigo e, mais ainda, por que aconteceu com aquele homem? Tenho cá meus palpites, mas prefiro guardá-los só pra mim.

Como várias pessoas me disseram, é realmente assustador pensar que coisas terríveis não acontecem só com gente distante, nas notícias ou nos filmes. A gente sabe que pode acontecer com qualquer um, mas a verdade é que nunca nos consideramos "qualquer um", certo? Eventualmente a realidade vem, com seu jeitinho sutil,  mostrar que, de certa forma, somos todos iguais: nascemos e morremos do mesmo jeito. A única diferença é o que fazemos entre uma coisa e outra. Por isso é melhor não perder tempo amargando sofrimento, porque ainda há muita felicidade a ser vivida, muitas ações a serem inspiradas.

Agradeço de todo coração às pessoas que prestaram seu apoio, que me disseram palavras de carinho, que me ofereceram colo. Não dá pra reclamar da vida quando ela me presenteia com tanta gentileza, tanta solidariedade e, acima de tudo, tantos amigos. 

Beijos.